A História do Futebol Amador - A Magia dos Campinhos na Infância Brasileira

Academia de Letras de Jussara PR - ACLEJU

Símbolo da Academia de Letras de Jussara PR — ACLEJU — Trata-se da chancela oficial da Academia de Letras de Jussara PR – ACLEJU, com um pé do Palmito Jussara (Euterpe Edulis) nativo da mata atlântica encontrado em vasta quantidade na região pelos colonizadores e pioneiros; o traçado por ramo de café representa os primeiros colonizadores que vieram das diversas regiões do país para formar essa lavoura; apoiado por um livro representando o saber, a cultura e a educação! O círculo maior leva a nomenclatura Academia de Letras de Jussara PR, nas cores ouro representando as riquezas do município. O termo "quia ex sapienti" significa "porque do sábio".

Academia de Letras de Jussara PR, foi fundada em 15 de setembro de 2017, é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter cultural, que terá duração por tempo indeterminado, e se regerá pelo pertinente Estatuto sob Registro nº 712144485 e, subsidiariamente, pela legislação brasileira pertinente. Doravante, sua denominação será apenas ACLEJU.

	Primeiramente, reverencio o maior ídolo do futebol mundial. Eu não poderia escrever sobre futebol sem antes destacar o atleta mais notável da história desse esporte. Jamais poderia esquecer-se daquele que criou jogadas geniais reproduzidas no mundo inteiro, e considerado o ‘Rei do Futebol': Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Portanto, essa é a razão de eu estar aqui escrevendo sobre o futebol amador que, sem dúvida, é inspirado nos grandes gênios do futebol. A garotada parecia nascer com o futebol no sangue, o desejo de disputar uma partida corria em suas veias. Atrasava para o banho, atrasava para o jantar, às vezes, até para escola. O que esses meninos queriam era estar num campinho de futebol, mesmo que fosse de terra batida, balizas sem redes, jogando descalços, sem camisa e com seus calções preso à cintura por elástico. A sujice, a porquice e a imundice não importavam, a bola de capotão costurada com linha grossa era o objeto de desejo de qualquer moleque. Assim, na época, a maioria dos guris em suas peladas (rachas), em quaisquer rincões deste país, citava um ou outro grande jogador ao criar uma jogada genial. Muitos desses pequenos atletas sonhadores gostavam de jogar futebol com seus amigos e familiares ou com seus colegas de escola. Mesmo naqueles campinhos improvisados, barrentos ou poeirentos, até mesmo nos pastos, sítios e fazendas rurais, fosse com bola de capotão, de meia ou de bexiga de porco. Alguns sonhavam em se tornar atletas profissionais de futebol desejando ser como suas estrelas e ídolos favoritos. Para aguçar ainda mais esses sonhos, grandes locutores esportivos do rádio estavam presentes na vida desses meninos.
Suas vozes marcantes ecoavam pelos quintais, pelas cozinhas e pelos terreiros, narrando com emoção cada lance como se fosse o último. Era ali, entre o som das galinhas ciscando e o apito da chaleira, que a imaginação voava. Bastava ouvir um “golaaaço!” para o campinho se encher de heróis improvisados, tentando imitar aquele drible ou chute descrito com tanto entusiasmo. O futebol amador, naquela época, era mais que diversão — era identidade. Era ali que o menino tímido virava capitão, que o filho do lavrador ganhava aplausos, que o neto da benzedeira se tornava goleador. A várzea, os campos de chão batido, os uniformes desbotados, os juízes de apito de lata: tudo compunha uma sinfonia rústica, mas profundamente verdadeira. A paixão era tamanha que nem a falta de estrutura barrava os sonhos. Chuteiras improvisadas, traves feitas de galhos ou pedras, camisas numeradas com canetão — tudo era recurso válido na construção de um jogo inesquecível. E ali, nas margens da formalidade, nas beiras dos rios, nas zonas rurais, nas periferias esquecidas, nas cidades pequenas ou nos bairros operários, nascia o futebol brasileiro em sua forma mais pura e visceral. Essa memória viva, que pulsa nas comunidades e sobrevive nas histórias de quem jogou por amor, é o que este livro pretende resgatar. Porque antes dos holofotes, dos estádios monumentais e das cifras milionárias, havia — e ainda há — o coração batendo forte pelo simples prazer de correr atrás da bola. E isso, Pelé entenderia como ninguém. Talvez o futebol amador não tenha taças, nem fama, mas tem alma. Tem suor, poeira, alegria e lágrima. E, acima de tudo, tem história — história que merece ser contada, lembrada e celebrada.

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Primeiramente, reverencio o maior ídolo do futebol mundial. Eu não poderia escrever sobre futebol sem antes destacar o atleta mais notável da história desse esporte. Jamais poderia esquecer-se daquele que criou jogadas geniais reproduzidas no mundo inteiro, e considerado o ‘Rei do Futebol': Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Portanto, essa é a razão de eu estar aqui escrevendo sobre o futebol amador que, sem dúvida, é inspirado nos grandes gênios do futebol. A garotada parecia nascer com o futebol no sangue, o desejo de disputar uma partida corria em suas veias. Atrasava para o banho, atrasava para o jantar, às vezes, até para escola. O que esses meninos queriam era estar num campinho de futebol, mesmo que fosse de terra batida, balizas sem redes, jogando descalços, sem camisa e com seus calções preso à cintura por elástico. A sujice, a porquice e a imundice não importavam, a bola de capotão costurada com linha grossa era o objeto de desejo de qualquer moleque.

Assim, na época, a maioria dos guris em suas peladas (rachas), em quaisquer rincões deste país, citava um ou outro grande jogador ao criar uma jogada genial. Muitos desses pequenos atletas sonhadores gostavam de jogar futebol com seus amigos e familiares ou com seus colegas de escola. Mesmo naqueles campinhos improvisados, barrentos ou poeirentos, até mesmo nos pastos, sítios e fazendas rurais, fosse com bola de capotão, de meia ou de bexiga de porco. Alguns sonhavam em se tornar atletas profissionais de futebol desejando ser como suas estrelas e ídolos favoritos. Para aguçar ainda mais esses sonhos, grandes locutores esportivos do rádio estavam presentes na vida desses meninos.

Suas vozes marcantes ecoavam pelos quintais, pelas cozinhas e pelos terreiros, narrando com emoção cada lance como se fosse o último. Era ali, entre o som das galinhas ciscando e o apito da chaleira, que a imaginação voava. Bastava ouvir um “golaaaço!” para o campinho se encher de heróis improvisados, tentando imitar aquele drible ou chute descrito com tanto entusiasmo. O futebol amador, naquela época, era mais que diversão — era identidade. Era ali que o menino tímido virava capitão, que o filho do lavrador ganhava aplausos, que o neto da benzedeira se tornava goleador. A várzea, os campos de chão batido, os uniformes desbotados, os juízes de apito de lata: tudo compunha uma sinfonia rústica, mas profundamente verdadeira.

A paixão era tamanha que nem a falta de estrutura barrava os sonhos. Chuteiras improvisadas, traves feitas de galhos ou pedras, camisas numeradas com canetão — tudo era recurso válido na construção de um jogo inesquecível. E ali, nas margens da formalidade, nas beiras dos rios, nas zonas rurais, nas periferias esquecidas, nas cidades pequenas ou nos bairros operários, nascia o futebol brasileiro em sua forma mais pura e visceral. Essa memória viva, que pulsa nas comunidades e sobrevive nas histórias de quem jogou por amor, é o que este livro pretende resgatar. Porque antes dos holofotes, dos estádios monumentais e das cifras milionárias, havia — e ainda há — o coração batendo forte pelo simples prazer de correr atrás da bola. E isso, Pelé entenderia como ninguém. Talvez o futebol amador não tenha taças, nem fama, mas tem alma. Tem suor, poeira, alegria e lágrima. E, acima de tudo, tem história — história que merece ser contada, lembrada e celebrada.

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