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Do Campo vem o Alimento - Relato de Katsuji Kaneshiro - Sexta-feira, 22/01/2016 | Foto: Prédio da antiga Máquina de Arroz Progresso construída em 1953
Foto: Prédio da antiga Máquina de Arroz Progresso construída em 1953
Proprietários José Iramina e Katsuji Kaneshiro


Do Campo vem o Alimento - Relato de Katsuji Kaneshiro
Sexta-feira, 22/01/2016

Recém-casado cheguei ao município de Jussara em 1959, com 24 anos de idade, vindo de Ourinhos, Estado de São Paulo. Com minha esposa Maria Yoneko Kaneshiro, com meu irmão Paulo, com meus pais, Giro e Nakata Kaneshiro, fomos morar na chácara de quatro alqueires na Estrada Cristalina.

Quando chegamos o café já estava todo formado, pois essa propriedade que minha família comprou em 1954, no início teve uma família de empreiteiros que derrubou o mato e formou o café. Nesse período, continuamos a morar em Ourinhos onde, como arrendatários, cultivávamos hortaliças, de onde tirávamos o dinheiro para investir nessa nova propriedade.

Embora, ao chegar em Jussara fomos morar nessa chácara de quatro alqueires, como sócio eu trabalhava na Máquina de Arroz Progresso, construída em 1953 pelo meu cunhado José Iramina. Portanto, de 1959 a 1970 trabalhei na cidade morando na chácara. E assim, mantivemos em funcionamento essa máquina de arroz até 1986, período em que formei minha família com três filhos homens e duas filhas mulheres.

O fechamento da Máquina de Arroz Progresso se justifica devido à substituição da lavoura de arroz por outras culturas e sem produção, não havia mais motivo para manter em funcionamento. No meado dos anos 60, o município de Jussara era populoso, pois depois colonizado, na maioria das propriedades, havia pelo menos duas ou mais famílias morando para dar conta do cultivo do café.

Entretanto, como todos sabem, em 1975 houve aquela grande geada devastando os cafezais no Paraná inteiro. Foi aí que não mais insisti com o café, passando a ser sojicultor; a cultura da soja que veio substituir muitas outras culturas, principalmente àquela familiar.

A partir de 1975, o êxodo rural levou o município de Jussara perder habitantes e o comércio a perder força fechando também inúmeros outros comércios, como Comercial Catarinense, Casas Pernambucanas, Loja Translar, todas as cafeeiras e cerealistas, entre outros comerciantes que deixaram a cidade. Desta maneira, da faixa dos dezesseis mil habitantes caiu para pouco mais de seis mil, taxa de ocupação que se mantém até hoje.


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